domingo, 29 de dezembro de 2013

Aprendi, que não se deixa uma flor sozinha longe de um jardim…






Na vida encontramos almas que despertam em nós
Saudades
Ternuras
Sorrisos
Verdades

Na verdade encontrei tudo isso em ti…

Na verdade
 Brindamos a nossa cumplicidade
Com um veleiro de tons
Tons côncavos e sinceros
Sons de um idioma que poucos sabem
Um idioma das flores  
Dos céus despejados de sabores.

Na verdade
Deixastes em mim um sémen
Um sémen que vai irrompendo as muralhas
De uma dinastia nostálgica, que tarda em murchar …
No entanto esse mar que guardas
Nesses gestos salgados do tocar
Vão amanhecendo as cores do plasma do sonhar…

Por favor explica-me por que razão os rios não tem necessidade de subir como eu…
Ensina-me a seguir um rio ao contrario, para viajar no passado e encontrar-te como flor junto a um riacho… assim pode ria-te trazer para junto do mar onde tudo é mais vasto…
Chega do tempo gasto no desamor, quero-te nem que seja como um simples abraço apertado num instante apressado…

Nem que seja num vagaroso encontro, de dois caracóis que demoram no seu trajecto …

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Alguém roubou o baú …



Depois de construir um ninho, passado alguns dias, voltei ao cimo rochedo onde o teu nome brilha …
Lá estava intacto, a flor se inclinou para o mar, mas alguém levou o baú …
Fiquei triste, mas percebi que ninguém pode levar o maior tesouro de todos, o cântico do teu íntimo …
Por isso à manhã vou construir nesse local, um caixa de correios, e deixarei aqui e nessa caixa, todos os dias, um carta com um poema incompleto, até que seja reposto o baú …ou até que o meu cântico tenha respostas ….
Fica o primeiro …

Como é um linguado?


Nunca me ensinaram a dar linguados…
Por isso não sei usar a língua no beijo
Antes prefiro deixar os lábios
 Desmaiados nos teus
 Perdendo a identidade
Esquecendo de quem são …

E quando acordados,
Ficaremos com a sensação
Que os lábios já não são os mesmos…