sábado, 9 de abril de 2011

Orquídea salgada num doce areal…


Inauguras a saudade
No peito indefeso,
Gotejando os solstícios do olhar

Sentença platónica
De quem não sabe esperar
Pela madrugada do inferno…

Cada vez mais o inverno é minha sombra….
Enquanto tua luz, suja, arremessa promessas,
Feitas de arritmias prateadas na alma
Manchadas de ilusão.

O que me salva das tempestades
ainda São as nuvens
Se não meu coração
Seria mais um oceano nas tuas mãos…
A Recordar
A ser embalado nos teus braços
A suspirar Retalhos de mar…

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Quero rasgar a pele e ser como tu…


Maldita alma, que herdas te a sombra das lágrimas e escondeste a nascente
bem perto do rosto …
Maldito o sonho, que não têm poiso e nem rumo…
Maldito o gosto que não têm sentido o sono do destino …

Alma funda
Ruína dos cravos
Coruja dos afectos
Pálida a sombra das lágrimas
E dos seu sais,
Cais,
Silêncio cego
Desordenado
Com o presente
Zangado com o passado…

No meio de tangeras e limões …

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Máscara de um vencedor vencido



Oh Mar rabugento

Te devolvo este pedaços teus
a marear meu rosto


Entrego também versos incompletos
Queixumes de dor.
Vozes entoadas nas ranhuras do ventre…
O tiritar dos dentes de um gemido invertido

Uma Pobre criatura, que morta se culpa …
Na distancia maior que o azul do teu ser…

segunda-feira, 4 de abril de 2011

… ecos de um umbigo sem cordão …


Teu grito só pode ser um inapropriado sorriso
Uma mão cheia de areia
Molhada pelas próprias lágrimas

Adormeces como a espuma numa praia
Arruinando a espera
Incomodando meus olhos tristes que apressadamente gritam o teu nome
Imitando as ondas que beijam teus pés …