este amor brotou como cogumelos,
ocultos aos olhos distraídos do mundo.
uma história entre dois amigos, companheiros,
que atravessaram o ciclo e o secundário juntos.
ele, António, de duas peles vestidas,
a segunda feita de silêncios e timidez,
uma proteção para o seu amoroso coração.
ela, com nome de flor, sem espinhos,
menina das tranças compridas
igual ao seu sorriso.
gostavam de jogar xadrez,
partilhar apontamentos,
os crânios da sala de aula.
sem o desacerto dos passos
ele amava-a, mas nunca teve a coragem de o dizer na cara…
adiou o discurso da
tomada do seu coração
até mais não …
a Rosa,
gostava de o desmanchar,
retira-lhe um sorriso da sua cara fechada,
gostava dele como as sombras gostam das árvores.
tinha a fama de esconder as lágrimas sorrindo …
amigos inseparáveis até o fim do secundário,
quando rumaram a universidades distintas.
teria o amor deles chegado ao fim, nessa altura?
dois anos passaram, e um jantar de turma foi marcado.
António, que nunca havia tocado álcool,
bebeu até cair para o lado,
mas antes de cair ,
disse á sua rosa tudo o que havia guardado…
naquela noite, rosa e um colega cuidaram dele,
levaram-no para casa.
será que as palavras de António, despertaram sementes no
coração de rosa?
será que foi o começo de um grande amor?
só o tempo poderia dizer…
continua …