As palavras vestem a noite sem estrelas,
E a alma fica muda na sua oculta dança …
Até mesmo o sorriso,
Fica tremido e se desfaz no silêncio de um lugar ….
Lugar onde as lágrimas
Conservam a
intimidade
Dos vazios,
Das metades
Dos olhares …
Mas vale apena, perguntar-te:
Quantas vezes as lágrimas se esconde nos bastidores dos
sorrisos sem evaporar os dilúvios de dor?
Quantas vezes o céu se ilumina mesmo chorando?
Quantas vezes o chão fica escurecendo e os sorrisos servem de
apego aos caminhantes?
Talvez esteja errado, mas sinto que alma veste um sorriso,
para receber os dias, para agradecer o sol … no entanto quando está só e se despe,
fica o sal amontoado nos seus afluentes.
Ou então, transborda o mar, sem conjugar a saudade e os sentimentos
… nos sossegos arenosos de uma ampulheta chamada amor …